As águas do Rio Amazonas
são de prata e de ouro.
A lua quando o toca
traz cheia e pororoca,
se é o sol que beija as águas,
as maresias ficam douradas
que se espalham no delta,
desembocando no mar...
rio e mar a namorar.
O amanhecer no Amazonas
tem brisa suave e fria
que se aquece com
o amor que trago no olhar.
É enlevo ver o baile
dos barquinhos dançando
agarradinhos,
descendo e subindo
com o balançar das águas.
Triste fico quando os vejo
partindo, e, no horizonte
sumindo...
Enquanto as andorinhas cruzam
o rio rumo às ilhotas,
atrás de iscas,
o bem te vi e
outros pássaros
cantam seus trinados.
Às margens do grande rio
têm maçaricos que bicam
entre os pés
dos aturiás*
que balançam
suas ramas
ao sabor do vento
É namoro antigo,
que tenho com este amigo
Todos os dias ele me vê
em sua orla caminhar,
enquanto nunca
canso de admirá-lo.
Autor: Maria Souza dos Santos Sanches.
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